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Como escolher o melhor modal de transporte na indústria

A esmagadora maioria do volume de fretes dentro do Brasil ocorre por meio de rodovias. E o modal rodoviário normalmente é o primeiro cogitado pelos profissionais de logística das indústrias no momento de planejar entregas e coletas. Porém, nem sempre é a melhor forma, ou mais econômica, de remeter produtos ou operar a busca de materiais, insumos e outros itens. Além de tempo e dinheiro, outros quesitos precisam ser levados em conta para a empresa escolher o melhor modal de transporte para cada frete. Inclusive, dependendo da situação, o mais adequado pode ser operar com mais de um modal, pois as opções podem se complementar muito bem. Então, confira alguns critérios importantes que têm de ser avaliados antes da definição de modais a serem utilizados em entregas internas, exportações e encomenda de coletas.

Como escolher o melhor modal de transporte para o mercado interno

Analisar o tipo de produto e o prazo

Mercadorias perecíveis não podem demorar muito tempo a serem entregues justamente pelo risco de perecimento. Já as de alto valor agregado, mesmo que não perecíveis, se permanecerem muito tempo em rota podem significar perdas para a indústria ou para o cliente por questões como custo de oportunidade de venda. Nesses casos, o ideal é contar com rapidez, como a do modal rodoviário, que é um dos mais ágeis e, inclusive, pode modificar e adequar rotas para economia de tempo. Como alternativa, há também o modal aéreo, ainda mais rápido que o rodoviário, mas que custa muito mais. Ou seja, dependendo da situação, pode ser a melhor escolha para evitar grandes problemas por tamanha rapidez. Já se o produto não é considerado de alto valor agregado e também não corre o risco de perecer, pode-se optar pelo modal ferroviário. A malha ferroviária brasileira deixa muito a desejar, e uma entrega pode demorar até 15 dias mesmo a rota não sendo tão longa. Por outro lado, o custo é mais baixo em comparação até mesmo com o transporte rodoviário. Quanto aos prazos, no geral, permitem o uso do modal rodoviário. Agora, se o prazo para entrega for pequeno, não importando para a situação o tipo de mercadoria, o ideal é mesmo investir no transporte aéreo de carga. E, por fim, se o prazo for bastante extenso — ou a produção de determinado lote for finalizada com muita antecedência em relação ao planejamento —, e se o tipo de produto também permitir, o transporte por ferrovias pode reduzir os custos da venda ainda mantendo a pontualidade da entrega.

Observar o local específico do destino

Alguns locais têm acesso mais difícil do que outros para determinados modais. Portanto, esse critério pode servir como fator decisório para descartar alguma modalidade de transporte ou para considerar o uso de alternativas. Por exemplo, para um cliente situado próximo de um porto o transporte marítimo interno, a cabotagem, pode tornar o acesso mais fácil do que a movimentação rodoviária. Depois, um curtíssimo frete rodoviário do porto à empresa destino, operado até mesmo pelo cliente se possível, finaliza a entrega. Obviamente, nesse caso, os critérios citados acima deveriam permitir o uso do modal aquaviário.

Considerar a segurança da rota

O tipo de transporte menos seguro é rodoviário, já que os veículos desse modal são os mais facilmente interceptados e não por acaso os que mais sofrem furtos e roubos no Brasil. Por isso, se determinada rota representar muito risco pelo alto índice de assaltos a veículos de carga, faz muito sentido avaliar a hipótese de um modal alternativo. E caso o modal alternativo não seja visto como boa opção por ser mais caro, é preciso considerar que custos adicionais pela falta de segurança podem encarecer o modal rodoviário e ainda não eliminarem riscos de transtornos durante o transporte.

Avaliar peso e tamanho da carga

Quanto mais pesada e/ou maior a carga, mais caro fica o frete. Por isso, é interessante remeter de avião cargas pequenas, principalmente se o prazo for curto, já que o preço da entrega pode não ficar tão alto. Por outro lado, um grande lote ficaria muito caro nesse modal e muito mais barato pelo aquaviário, o que financeiramente representa uma grande vantagem — desconsiderando o prazo maior para chegada da mercadoria ao destino. Em termos gerais, cargas com tamanho e peso adequados a caminhões são entregues pelo modal rodoviário por uma questão de custo e rapidez. O transporte terrestre demora mais que o aéreo, porém custa bem menos e é mais rápido que o marítimo, além de contar com muito mais vias em comparação com o ferroviário. E se o lote não for suportado por um caminhão até o destino, a segunda melhor opção tende a ser a modalidade ferroviária.

Entender a burocracia de cada operação

A burocracia tem potencial de deixar qualquer operação mais demorada e cara, ainda mais se ocorrerem erros por parte do transportador ou da própria indústria que está remetendo mercadorias. Quanto a isso, o transporte rodoviário é o menos burocrático, enquanto fretes de aviões e navios cargueiros são os que mais passam por inspeções diversas de fiscais e processos internos de transportadoras. Levando isso em conta, sempre é preciso ter muito cuidado com questões legais para que uma carga não fique retida em um porto ou aeroporto, o que pode ser um problema ainda maior se determinado produto foi exclusivamente enviado de avião por conta de um curto prazo para a entrega.

Analisar os parceiros logísticos

Parceiros e terceirizados precisam ter experiência com diferentes modais e entender questões associadas às entregas e importantes para a empresa, como prazos, custos e segurança, pois devem ser seguros e confiáveis. Por exemplo, se o melhor prestador de serviço que a indústria aciona na maioria de suas entregas não tem estrutura para operar em um modal alternativo, ou não tem profissionais com conhecimento para essa operação, não deve ficar encarregado de uma entrega diferenciada.

Observar o orçamento e aspectos financeiros indiretos

Uma entrega aérea claramente custa mais direta e indiretamente, mas pode ser utilizada para suprir uma urgência ou auxiliar no fechamento de um novo negócio com um grande cliente e assegurar bom volume de vendas futuras e um contrato de fornecimento. Nesse caso, aspectos financeiros indiretos justificariam um peso maior para o orçamento logístico. Por outro lado, o modal normalmente mais econômico pode apresentar despesas ocultas que desmascaram a vantagem inicialmente percebida. Por exemplo, se determinada rota representar muitos riscos a cargas e profissionais, o custo para o modal rodoviário nos fretes que a envolvem pode ser bastante elevado por conta de medidas e contratações adicionais (como escolta e seguro com cobertura extra), o que ainda não extingue os riscos conhecidos para pessoas e ativos. Quando isso ocorre, outro modal mais caro ou menos ágil pode acabar se equiparando ao rodoviário em agilidade e financeiramente, protegendo recursos e pessoas existentes na rota mais comum.

Considerar os tipos de clientes

Centros de distribuição, redes e unidades de varejo e até outras empresas de manufatura, alguns dos clientes industriais, têm diferentes necessidades de prazos e volumes de estoque. Essas características precisam ser consideradas para o planejamento dos modais a serem utilizados e alternativas para momentos excepcionais.

Relacionar cargas e modais

Enquanto algumas cargas são comumente fretadas no modal aquaviário, produtos secos geralmente são conduzidos por estradas e ferrovias. Essa associação comum de cargas a determinados modais ocorre por características de ambos e vantagens e desvantagens que os modais apresentam para o transporte de itens distintos. Logo, o modal mais utilizado para o tipo de carga a ser embarcado normalmente será a primeira opção para ela. Porém, outras vantagens e desvantagens de outros modais em relação a tipos de cargas podem ser observadas para constatar se de fato não há alguma alternativa mais vantajosa ou que, pelo menos, possa ser colocada como meio principal em situações mais específicas, como de prazos menores ou custo de oportunidade maior.

Levar em conta detalhes de modais

Nem sempre alguns detalhes de modais são utilizados para a análise, principalmente em relação a opções mais complexas que o modal rodoviário. O transporte marítimo tem um dos melhores custo-benefício, mas determinadas operações do modal correm riscos de extravio em contêineres. Já no caso do frete aéreo, dependendo da carga pode ocorrer de ela nem sequer passar pelas entradas dos aviões, o que exige fracionamento ou fragmentação se for possível — o que deve ser preparado com antecedência para evitar problemas no momento do embarque e transtornos consequentes disso.

Analisar indicadores de desempenho

O acompanhamento de indicadores de performance simplifica a análise da atuação de cada modal e dos parceiros logísticos envolvidos nos transportes. Por exemplo, se um modal ou terceirizado representar custo pouco maior que outra opção, mas ter demonstrado desempenho e qualidade superior para os fretes que foram embarcados, utilizá-lo pode ser vantajoso mesmo com a despesa pouco maior. E esse pequeno custo adicional ainda pode representar melhor retorno dos recursos aplicados pela maior segurança ou por manutenção de satisfação dos clientes. A análise fria de parceiros e modais, sem indicadores, pode levar a decisões que de fato não são as melhores, já que não é preferencial, em hipótese, pagar 10% menos em um serviço de transporte se ele representa mais riscos de atraso, extravio, problemas legais e outras adversidades.

Como escolher o melhor modal de transporte para exportação

Em relação a custo, segurança e confiabilidade, o transporte aquaviário normalmente é o melhor para exportação, especialmente quando produtos são remetidos para longas distâncias. Mas é preciso, novamente, observar que essa modalidade é a menos ágil e não atende a situações emergenciais. Por isso, quando não há muito tempo para a entrega o ideal é escolher entre o avião e o caminhão. Para um país vizinho, ainda mais se a empresa não estiver situada longe de fronteiras, o modal terrestre alia custo menor a uma relativa agilidade — deixando a desejar no quesito segurança. Enquanto isso, o avião é muito mais ágil e seguro, mas apresenta custo maior. Logo, é uma questão de analisar o prazo e os riscos associados à carga, pois nem toda mercadoria é tão atrativa aos assaltantes. Quanto às ferrovias, se já deixam a desejar para o mercado interno são ainda menos otimizadas para as exportações. Assim, por terem capacidade para levarem muita carga e serem a opção mais barata entre os modais, são usados comumente para levarem os lotes até os portos. Depois, o frete segue de navio até o destino.

Como escolher o melhor modal de transporte para coletas

A maior parte do esforço logístico relacionado a fretes se concentra, em geral, na entrega a clientes. Mas há situações nas quais é preciso lidar com modais para coletar insumos adquiridos ou fazer o retorno de devoluções e outros tipos de remessa. Nesses casos, os aspectos analisados repetem alguns citados aqui anteriormente  e relacionados a entregas, como o orçamento. Porém, via de regra as necessidades especiais que devem ser consideradas são somente as da própria empresa. Portanto, existe a possibilidade de em alguns momentos dar prioridade somente à economia e à segurança para a realização de coletas, já que o prazo interno muitas vezes pode ser flexibilizado. Havendo fatores adicionais e que obrigatoriamente exigem outros cuidados, então se torna necessário tirar o foco do modal rodoviário, normalmente o mais barato e simplificado em relação a embarque e documentação. Com certeza, a escolha do melhor modal de transporte para as entregas e coletas é um fator que ajuda muito uma indústria a ser mais competitiva, assim como opções erradas podem gerar prejuízos e reduzir a satisfação dos clientes. Tudo depende de um bom planejamento de logística e de pesar em conjunto os critérios que citamos para cada nova rota que se apresenta à empresa. E se você quiser ler mais conteúdos como este, deixe seu e-mail para ser notificado das próximas publicações nas quais abordaremos importantes processos da logística industrial.

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